A Caixa Negra volta a abrir um novo círculo recebendo 22 novos corpos para fazer parte de mais um Curso de Iniciação ao Teatro.
Este curso conta com vários workshops dirigidos por formadores
profissionais nas respectivas áreas teatrais, culminando num Exercício
Final, um espectáculo apresentado no Teatro-Estúdio do CITAC pelos novos
membros.
Para te inscreveres basta enviares um e-mail com o
teu nome e número de telefone para citac.teatro@gmail.com e entraremos
em contacto contigo.
As inscrições estarão abertas até dia 15 de Outubro
19 de setembro de 2014
23 de junho de 2014
O CITAC tem o prazer de acolher o espectáculo da DEMO no Teatro-estúdio!!!
Nos dias 26, 27, 28, 29 e 30 de Junho e dias 1 e 2 de Julho às 22h
reservas: 916083186 ou demo.dispositivo@gmail.comSINOPSE
A Ausência
primordial sente-se na espinha dorsal e escorrega para a terra.
Pressente-se o
Éden noutra dimensão. A inocência aqui já não existe, ficou apenas o eco da sua
ideia num outro tempo.
A pupila
dilatada do vulto que aparentemente não está presente, sabe que o silêncio é
negro. Por isso treina-se a ascenção com gritos. Release.
Aumenta-se o volume. 1, 2, som, som… É preciso amplificação!
Aqui o corpo é outro, os sonhos arrastam-se pelo chão e reverberam na membrana
celular. Interferências, ruídos, feedback! Sintonização… o ritual
da liberdade!
O som sintético
é processado com tempestades solares, arritmias e cores complementares!
Esgravata-se o peito, desenterra-se alma e arrisca-se um caminho em stereo.
Deitamos paredes abaixo, dançamos com o explodir de pipocas e eis que surge
o Deus ex machina.
PROCESSO CRIATIVO
A DEMO inicia a sua investigação utilizando media
interactivos, em relação com a luz, no espectáculo Nebulosa (inserido na CEC -
Guimarães 2012). Agora, aprofunda essa investigação e, desta feita, tem como
principal estímulo criativo o som. Assim nasce o espectáculo Presença, em
conjunto com os compositores Tiago Ângelo e João Menezes (membros do colectivo
Digitópia/Casa da Música), cruzando teatro-dança, arte sonora e tecnologia interactiva.
Um processo criativo iniciado em residência artística na
Universidade do Minho (Guimarães), no espaço da Companhia Circolando (Porto) e
concluído no Teatro-Estúdio do CITAC, traduz-se na primeira fase de
investigação iniciada pela criação de solos que se transformaram num
espectáculo para que, numa segunda fase, se multiplique em duetos.
O espectáculo tem como substância para a experimentação e interacção sonora as premissas 'presença' e 'ausência'. A imobilidade, o silêncio, o som natural, o som natural provocado pelo movimento do corpo, o processamento e a amplificação do som, a manipulação de matérias e objectos, bem como o mapeamento do espaço e do corpo convergem para a criação de novos estados, de várias
dimensões. Deste modo, o processo de criação teve na interacção sonora em tempo
real o elo dramatúrgico que cruzou os diferentes universos num só mundo
plástico.
FICHA ARTÍSTICA
Uma criação DEMO com encenação de Cheila Pereira, Cláudio Vidal, Gil MAC,
Margarida Cabral e Paula Rita Lourenço
Interpretação de Cheila Pereira, Cláudio Vidal, Gil Mac e Paula Rita Lourenço
Desenho e montagem de luz de Nuno Patinho
Composição musical e media interactivos de Tiago Ângelo
Apoio aos media interactivos de João Menezes
Figurinos de Margarida Cabral
Construção de cenografia de Bruno Gonçalves
Operação de luz de Paula Gaitas e Nuno Patinho
Vídeo e fotografia promocional de Nuno Fernandes
Vídeo e fotografia de cena de André Carvalho
Produção executiva de Margarida Cabral
Design gráfico de Whatever TM
Uma produção DEMO 2014
Apoios: CITAC, Circolando, Universidade do Minho - Licenciatura de Teatro, Máfia - Federação Cultural, Tio Júlio, RUC e
Ilídio Design
Agradecimentos: Cátia Manso, Gabriel
Cheganças, Irina Sales Grade, José Lourenço, José Manuel Silva, Marco Graça, Olga Cabral e Óscar Nogueira
Mais informações em: www.demo.pt
18 de junho de 2014
11 de dezembro de 2013
KABARETT - 10 a 15 de Dezembro
Sinopse
Perdem-se no espaço, enlaçam-se uns nos outros, imergem na pasta bruta
de todos os dias e tentam viver. Sejamos ou não capazes de ver a linha que
distingue as formas, onde pousa a luz quando a há, ou marcas na pele.
Se este espaço nasceu do caos, a
ordem é apenas um véu ténue sobre a matéria. O calor condensa-se e os corpos
expandem. Repara que a luz reflectida nos espelhos não fica nos olhares… Há
gritos que tem de se soltar.
A não ser quando o prazer
emerge. Acorrentados ao sonho, entramos na banheira. É la que o pudico se
masturba, para se limpar de sujidade dos pensamentos.
Gajos. Vinho. Pernas de gajas.
Não somos esquisitos. Mais vinho, se faz favor!”
Vídeo
Chairs, Traffic, Sangue e Metamorfoses, realizadas durante o processo criativo, assumem-se como momentos autónomos no decorrer do espectáculo, que articulados com o espaço cénico, desafiam o participante a abandonar-se criando novas experiências.
Do filme Un Chant D’Amour de Jean Genet (1950) e das obras At Land de Maya Deren (1944) e Hysteria de Sam Taylor-Wood (1997), Shadows, foram retirados excertos, alusivos à temática do kabarett e como suporte do momento performativo.
As obras videográficas apresentadas no KABARETT são reflexo de um processo criativo participativo desenvolvido em conjunto com o CITAC ao longo destes dois meses.
Música
Tal como o nascimento do KABARETT aconteceu de forma espontânea com ele nasceram as formas que o habitam e a banda sonora que as acompanha.
O processo de recolha e criação começa com essa génese e desenvolve-se através das próprias personagens, respeitando as individualidades, os desejos, as ilusões, os sentimentos e tudo aquilo que as constitui. De certa forma foram elas os compositores e são sem dúvida os maestros do KABARETT.
Os músicos ao vivo conferem uma tridimensionalidade aos trilhos sonoros deste lugar indissociando-se dele. São uma extensão do espaço, reagem aos intervenientes como o sistema imunitário de um corpo vivo.
A música, em estreita relação com o vídeo, criam espaços-lugares dentro do KABARETT, ambientes concretos e digitais onde habitam as personagens e as suas psiques. O mundo dentro do mundo.
Do minimal ao glitch core, do tango à valsa, passando pelo blues e inclusive por música mais “popularucha”, porque a mente humana é o verdadeiro espetáculo de variedades.
KABARETT - Processo Criativo
“Esforçai-vos por tirar
prazer do cumprimento da vossa missão cénica. É o axioma n.º 1.”
Meyerhold.
“KABARETT”
Iniciamos este processo de dois meses, com a certeza que a máscara e a
presença constituem as bases para a pesquisa de instrumentos e mecanismos a pôr
em prática de modo a potenciar o impulso criativo de cada um, no seio de um
coletivo. Este foi o nosso método, que serviu para nos munirmos de ferramentas,
âncoras, apoios essenciais para as nossas criações futuras. Neste ou em
qualquer outro espetáculo.
O estágio de máscara estabeleceu um primeiro contacto entre o corpo de
atores e a equipa artística. Definimos um vocabulário, uma linguagem própria e,
ao mesmo tempo, desenhámos as linhas de pesquisa para o processo criativo.
A criação
coletiva estruturou o processo de criação. Todas as decisões foram tomadas em
conjunto. Foram sugeridas várias estratégias, desenvolvidas pelos vários
intervenientes no processo. Contámos ainda com o apoio de José Geraldo, na
dramaturgia; Helena Flôr Dias, no estágio sobre a presença; Pedro Correia, na
direção e criação musical; Artur Pinto, na voz; Sofia Coutinho, coreografia,
Irina Sales Grade, no vídeo e Guilherme Alves Barbosa, na técnica. Contámos
ainda com a ajuda preciosa de amigos para a cenografia e figurinos. Construímos
máscaras, escrevemos e gravámos uma radionovela, com o apoio da RUC- Radio
Universidade de Coimbra , cantámos, filmámos e projetámos os nossos corpos nas
paredes negras do Teatro Estúdio. Criámos este KABARETT como um lugar de sensações, de prazeres mundanos. É também
um espaço de crítica e sátira social e política. Por isso, é o espaço ideal
para explorar uma temática que será sempre atual: a subjugação da sexualidade.
Esta está patente, por um lado, na objectificação do corpo feminino, que não
passa despercebida quando reina o erotismo, mas que também surge em pequenos
gestos do quotidiano; por outro, na violência da intolerância face à
sexualidade individual.
Nesta
busca, encontrámos um espaço de solidão, mas também de luta. Nele, deambulam
personagens que sofrem e que brincam, procurando o seu lugar, e que encontram,
por vezes, o amor.
Poderíamos ter feito mais. Podemos fazê-lo ainda. Estamos vivos.
Entendemos o teatro como um espaço íntimo de criação, no qual o público
é bem recebido. Descobrimos o olhar, a relação direta com o outro, com o
espetador. As noções de equilíbrio, de harmonia, de ritmo. A importância dos
objetivos, o discurso interior. A relação entre “quem sou” e “o que faço aqui”.
O trabalho de ator e a composição a partir da improvisação. Assumimos a
presença do espetador e ganhámos uma maior consciência da nossa presença.
Temos vontade - queremos realizar algo importante. Partilhar algo de
nós. Entregamo-nos! Somos criadores, autores e dramaturgos de nós mesmos. Não
representamos apenas. Criamos o nosso papel, realizamos o nosso sonho,
inventamos um outro mundo. Somos pessoas, seres livres, responsáveis pelo nosso
trabalho, pelas nossas criações, conscientes de que pertencemos a um meio, a
uma comunidade, e de que descendemos de uma tradição - não da tradição
instituída mas daquela que passa, naturalmente, de geração em geração.
8 de dezembro de 2013
A caixa negra virou um KABARETT
KABARETT
Uma criação colectiva
com direcção de Hugo Gama
Corpos são sempre corpos.
Perdem-se no espaço, enlaçam-se uns nos outros, imergem na pasta bruta de todos os dias e tentam viver. Sejamos ou não capazes de ver a linha que distingue as formas, onde pousa a luz quando a há, ou as marcas na pele.
Se este espaço nasceu do caos, a ordem é apenas um véu ténue sobre a matéria. O calor condensa-se e os corpos expandem. Repara que a luz reflectida nos espelhos não fica nos olhares... Há gritos que têm de se soltar.
A não ser quando o prazer emerge. Acorrentados ao sonho, entrámos na banheira. É lá que o púdico se masturba, para se limpar da sujidade dos seus pensamentos.
Gajos. Vinho. Pernas de gajas.
Não somos esquisitos.
Mais vinho, se faz favor!
Reservas em
citac.teatro@gmail.com
916530443 ou 927718070
Uma criação colectiva
com direcção de Hugo Gama
Corpos são sempre corpos.
Perdem-se no espaço, enlaçam-se uns nos outros, imergem na pasta bruta de todos os dias e tentam viver. Sejamos ou não capazes de ver a linha que distingue as formas, onde pousa a luz quando a há, ou as marcas na pele.
Se este espaço nasceu do caos, a ordem é apenas um véu ténue sobre a matéria. O calor condensa-se e os corpos expandem. Repara que a luz reflectida nos espelhos não fica nos olhares... Há gritos que têm de se soltar.
A não ser quando o prazer emerge. Acorrentados ao sonho, entrámos na banheira. É lá que o púdico se masturba, para se limpar da sujidade dos seus pensamentos.
Gajos. Vinho. Pernas de gajas.
Não somos esquisitos.
Mais vinho, se faz favor!
Reservas em
citac.teatro@gmail.com
916530443 ou 927718070
24 de junho de 2013
Reposição de "Aquário" na II Mostra de Teatro Universitário - TAGV
Ao início eram 16
pessoas e uma caixa negra. Só depois veio o verbo e a respiração. Da
respiração cresceram vozes, braços, pernas, pés, mãos, cabeça, sentires. Ainda
crescem.
Propusemo-nos a
refletir sobre princípios éticos e valorativos da democracia em que vivemos.
Vivíamos. Enquanto isto, desenvolvemos a escuta física ao
outro. Inspiramo-nos em semi deuses e anti-heróis e organizamos um guião.
Entre a luz e a escuridão, a sombra e o contra luz, o olhar atento de alguns
pares, aplicámos o conceito de luz à dramaturgia que ora manipulamos ora nos
manipula. O que une as partes deste guião improvável continua a ser o que
nos traz aqui, a esta caixa negra, noite após noite, a ser um dezasseis
avo de um todo unificado, nesta primavera de 2013. O indizível.
Teresa era uma menina
bonita e obediente.
Das barbatanas nasceram
mãos. Da guelra fez-se goela.
Teresa era uma menina
bonita e obediente. Era. Já não é.
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