27 de março de 2012

O Dia Mundial do Teatro

Neste dia Mundial do Teatro, terça feira, o CITAC não tem as portas abertas ao público.
Por de trás das portas do Teatro Estúdio, a Caixa Negra encontra-se em manutenção. Estamos a cuidar da nossa sala e em breve teremos novidades. Não precisam de as procurar, nós levá-las-emos até vós. Far-vos-emos chegar o nosso entusiasmo porque queremos dar-vos mais uma razão para saírem do equívoco da rotina. Aqui, no edifício da AAC, nosso local de trabalho, e de tantos outros Organismos Autónomos, procuramos dar dinamismo cultural não só à Academia, mas à Cidade. Somos parte da Cidade, somos parte da História e da Cultura.
Obrigada àqueles que motivam a criação no âmbito das Artes Performativas. Apesar do contexto de crise a todos os níveis - desde o social ao económico - tendendo a deixar a cultura para investimento último, cumprimos com o nosso dever de criar e de intervir.


Para terminar, deixamos a mensagem de John Malkovich sobre o este Dia Mundial do Teatro (http://www.world-theatre-day.org/).

Fico honrado por o ITI - Instituto Internacional do Teatro me ter pedido para fazer este discurso comemorativo do 50º aniversário do Dia Mundial do Teatro. Vou então dirigir estes breves comentários aos meus companheiros de teatro, meus pares e meus camaradas.

Que o vosso trabalho possa ser apaixonante e original. Que ele possa ser profundo, comovente, contemplativo, e único. Que ele nos ajude a reflectir sobre a questão do que significa ser humano, e que esta reflexão seja guiada pelo coração, sinceridade, candura, e charme. Que consigam ultrapassar a adversidade, a censura, a pobreza e o niilismo, que muitos de entre vós serão obrigados a enfrentar. Que sejam abençoados com o talento e rigor para nos ensinar sobre o batimento do coração humano, em toda a sua complexidade, e com a humildade e curiosidade que faça disto o trabalho da vossa vida. E que o melhor de vós próprios - porque só poderá ser o melhor de vós próprios , e mesmo assim apenas em raros e breves momentos – consiga definir a mais fundamental questão “como vivemos nós?”

Desejo sinceramente que o consigam.


Biografia:

Actor , produtor, argumentista e realizador norte-americano, John Malkovich é, primeiro que tudo, um homem de teatro.

Depois de ter descoberto o teatro no início dos anos 70 (Illinois State University), ele fundou, em 1976, a famosa Steppenwolf Theater Company juntamente com Terry Kinney, Jeff Perry e Gary Sinise.

Ele alcançou a fama no cinema com a sua interpetação de Valmont em "Ligações Perigosas” de Stephen Frears, ao lado de Michelle Pfeiffer e Glenn Close. Depois deste papel que marcou uma etapa decisiva na sua carreira, ele actuará em mais de 70 filmes nos Estados Unidos e no estrangeiro.

Interpretando numerosos papeis em registos completamente diferentes, ele foi nomeado por duas vezes para o Óscar de melhor actor num papel secundário em “Places in the Heart” (1984) e em “In the line of fire” (1993), e foi premiado pelas suas interpretações em filmes tais como “Killing Fields”, “Ligações Perigosas”, “Being John Malkovich” ou “Changeling”.

Em 2011, ele dirige a sua terceira produção teatral em Paris, “Ligações Perigosas” no Théâtre de l'Atelier, depois do sucesso com "Hysteria” (Marigny, 2002) e "Good Canary” (Comedia, 2007) pela qual recebeu o prémio Molière de encenação.\



A Direcção.