Ao início eram 16
pessoas e uma caixa negra. Só depois veio o verbo e a respiração. Da
respiração cresceram vozes, braços, pernas, pés, mãos, cabeça, sentires. Ainda
crescem.
Propusemo-nos a
refletir sobre princípios éticos e valorativos da democracia em que vivemos.
Vivíamos. Enquanto isto, desenvolvemos a escuta física ao
outro. Inspiramo-nos em semi deuses e anti-heróis e organizamos um guião.
Entre a luz e a escuridão, a sombra e o contra luz, o olhar atento de alguns
pares, aplicámos o conceito de luz à dramaturgia que ora manipulamos ora nos
manipula. O que une as partes deste guião improvável continua a ser o que
nos traz aqui, a esta caixa negra, noite após noite, a ser um dezasseis
avo de um todo unificado, nesta primavera de 2013. O indizível.
Teresa era uma menina
bonita e obediente.
Das barbatanas nasceram
mãos. Da guelra fez-se goela.
Teresa era uma menina
bonita e obediente. Era. Já não é.