19 de setembro de 2014

Curso de Iniciação ao Teatro CITAC 2014/15

A Caixa Negra volta a abrir um novo círculo recebendo 22 novos corpos para fazer parte de mais um Curso de Iniciação ao Teatro.
Este curso conta com vários workshops dirigidos por formadores profissionais nas respectivas áreas teatrais, culminando num Exercício Final, um espectáculo apresentado no Teatro-Estúdio do CITAC pelos novos membros.

Para te inscreveres basta enviares um e-mail com o teu nome e número de telefone para citac.teatro@gmail.com e entraremos em contacto contigo.

As inscrições estarão abertas até dia 15 de Outubro

23 de junho de 2014


O CITAC tem o prazer de acolher o espectáculo da DEMO no Teatro-estúdio!!!
Nos dias 26, 27, 28, 29 e 30 de Junho e dias 1 e 2 de Julho às 22h

reservas: 916083186 ou demo.dispositivo@gmail.com

SINOPSE
A Ausência primordial sente-se na espinha dorsal e escorrega para a terra.
Pressente-se o Éden noutra dimensão. A inocência aqui já não existe, ficou apenas o eco da sua ideia num outro tempo.
A pupila dilatada do vulto que aparentemente não está presente, sabe que o silêncio é negro. Por isso treina-se a ascenção com gritos. Release. Aumenta-se o volume. 1, 2, som, som… É preciso amplificação! Aqui o corpo é outro, os sonhos arrastam-se pelo chão e reverberam na membrana celular. Interferências, ruídos, feedback! Sintonização… o ritual da liberdade!
O som sintético é processado com tempestades solares, arritmias e cores complementares! Esgravata-se o peito, desenterra-se alma e arrisca-se um caminho em stereo. Deitamos paredes abaixo, dançamos com o explodir de pipocas e eis que surge o Deus ex machina.


PROCESSO CRIATIVO 
A DEMO inicia a sua investigação utilizando media interactivos, em relação com a luz, no espectáculo Nebulosa (inserido na CEC - Guimarães 2012). Agora, aprofunda essa investigação e, desta feita, tem como principal estímulo criativo o som. Assim nasce o espectáculo Presença, em conjunto com os compositores Tiago Ângelo e João Menezes (membros do colectivo Digitópia/Casa da Música), cruzando teatro-dança, arte sonora e tecnologia interactiva. 

Um processo criativo iniciado em residência artística na Universidade do Minho (Guimarães), no espaço da Companhia Circolando (Porto) e concluído no Teatro-Estúdio do CITAC, traduz-se na primeira fase de investigação iniciada pela criação de solos que se transformaram num espectáculo para que, numa segunda fase, se multiplique em duetos.

O espectáculo tem como substância para a experimentação e interacção sonora as premissas 'presença' e 'ausência'. A imobilidade, o silêncio, o som natural, o som natural provocado pelo movimento do corpo, o processamento e a amplificação do som, a manipulação de matérias e objectos, bem como o mapeamento do espaço e do corpo convergem para a criação de novos estados, de várias dimensões. Deste modo, o processo de criação teve na interacção sonora em tempo real o elo dramatúrgico que cruzou os diferentes universos num só mundo plástico.

Presença é, portanto, um espectáculo onde a composição musical e a interactividade tecnológica dão ênfase a uma presença que não se sente e a uma ausência presente.

FICHA ARTÍSTICA

Uma criação DEMO com encenação de Cheila Pereira, Cláudio Vidal, Gil MAC, Margarida Cabral e Paula Rita Lourenço

Interpretação de Cheila Pereira, Cláudio Vidal, Gil Mac e Paula Rita Lourenço

Desenho e montagem de luz de Nuno Patinho
Composição musical e media interactivos de Tiago Ângelo
Apoio aos media interactivos de João Menezes

Figurinos de Margarida Cabral
Construção de cenografia de Bruno Gonçalves

Operação de luz de Paula Gaitas e Nuno Patinho
Vídeo e fotografia promocional de Nuno Fernandes
Vídeo e fotografia de cena de André Carvalho

Produção executiva de Margarida Cabral
Design gráfico de Whatever TM

Uma produção DEMO 2014


Apoios: CITAC, Circolando, Universidade do Minho - Licenciatura de Teatro,  Máfia - Federação Cultural, Tio Júlio, RUC e Ilídio Design

Agradecimentos: Cátia Manso, Gabriel Cheganças, Irina Sales Grade, José Lourenço, José Manuel Silva,  Marco Graça, Olga Cabral e Óscar Nogueira 




 Mais informações em: www.demo.pt


11 de dezembro de 2013

KABARETT - 10 a 15 de Dezembro






Sinopse


“Os corpos são sempre corpos.

Perdem-se no espaço, enlaçam-se uns nos outros, imergem na pasta bruta de todos os dias e tentam viver. Sejamos ou não capazes de ver a linha que distingue as formas, onde pousa a luz quando a há, ou marcas na pele.

 Se este espaço nasceu do caos, a ordem é apenas um véu ténue sobre a matéria. O calor condensa-se e os corpos expandem. Repara que a luz reflectida nos espelhos não fica nos olhares… Há gritos que tem de se soltar.

 A não ser quando o prazer emerge. Acorrentados ao sonho, entramos na banheira. É la que o pudico se masturba, para se limpar de sujidade dos pensamentos.

Gajos. Vinho. Pernas de gajas.

Não somos esquisitos. Mais vinho, se faz favor!”

Vídeo
O conceito videográfico que se apresenta no KABARETT é abordado com três perspetivas diferentes: peças videográficas autónomas, Chairs, Traffic, Sangue e Metamorfoses; apropriações de excertos de autores relevantes à temática e manipulação de vídeo em tempo real, utilizando técnicas combinatórias de projecção de vídeo e vídeo-mapping.
Chairs, Traffic, Sangue e Metamorfoses, realizadas durante o processo criativo, assumem-se como momentos autónomos no decorrer do espectáculo, que articulados com o espaço cénico, desafiam o participante a abandonar-se criando novas experiências.
Do filme Un Chant D’Amour de  Jean Genet (1950) e das obras At Land de Maya Deren (1944) e Hysteria  de Sam Taylor-Wood (1997), Shadows, foram retirados excertos, alusivos à temática do kabarett e como suporte do momento performativo.
As obras videográficas apresentadas no KABARETT são reflexo de um processo criativo participativo desenvolvido em conjunto com o CITAC ao longo destes dois meses.



Música

Tal como o nascimento do KABARETT aconteceu de forma espontânea com ele nasceram as formas que o habitam e a banda sonora que as acompanha.
O processo de recolha e criação começa com essa génese e desenvolve-se através das próprias personagens, respeitando as individualidades, os desejos, as ilusões, os sentimentos e tudo aquilo que as constitui. De certa forma foram elas os compositores e são sem dúvida os maestros do KABARETT.
Os músicos ao vivo conferem uma tridimensionalidade aos trilhos sonoros deste lugar indissociando-se dele. São uma extensão do espaço, reagem aos intervenientes como o sistema imunitário de um corpo vivo.
A música, em estreita relação com o vídeo, criam espaços-lugares dentro do KABARETT, ambientes concretos e digitais onde habitam as personagens e as suas psiques. O mundo dentro do mundo.
Do minimal ao glitch core, do tango à valsa, passando pelo blues e inclusive por música mais “popularucha”, porque a mente humana é o verdadeiro espetáculo de variedades.

KABARETT - Processo Criativo




“Esforçai-vos por tirar prazer do cumprimento da vossa missão cénica. É o axioma n.º 1.”
Meyerhold.
“KABARETT”
Iniciamos este processo de dois meses, com a certeza que a máscara e a presença constituem as bases para a pesquisa de instrumentos e mecanismos a pôr em prática de modo a potenciar o impulso criativo de cada um, no seio de um coletivo. Este foi o nosso método, que serviu para nos munirmos de ferramentas, âncoras, apoios essenciais para as nossas criações futuras. Neste ou em qualquer outro espetáculo.
O estágio de máscara estabeleceu um primeiro contacto entre o corpo de atores e a equipa artística. Definimos um vocabulário, uma linguagem própria e, ao mesmo tempo, desenhámos as linhas de pesquisa para o processo criativo.
A criação coletiva estruturou o processo de criação. Todas as decisões foram tomadas em conjunto. Foram sugeridas várias estratégias, desenvolvidas pelos vários intervenientes no processo. Contámos ainda com o apoio de José Geraldo, na dramaturgia; Helena Flôr Dias, no estágio sobre a presença; Pedro Correia, na direção e criação musical; Artur Pinto, na voz; Sofia Coutinho, coreografia, Irina Sales Grade, no vídeo e Guilherme Alves Barbosa, na técnica. Contámos ainda com a ajuda preciosa de amigos para a cenografia e figurinos. Construímos máscaras, escrevemos e gravámos uma radionovela, com o apoio da RUC- Radio Universidade de Coimbra , cantámos, filmámos e projetámos os nossos corpos nas paredes negras do Teatro Estúdio. Criámos este KABARETT como um lugar de sensações, de prazeres mundanos. É também um espaço de crítica e sátira social e política. Por isso, é o espaço ideal para explorar uma temática que será sempre atual: a subjugação da sexualidade. Esta está patente, por um lado, na objectificação do corpo feminino, que não passa despercebida quando reina o erotismo, mas que também surge em pequenos gestos do quotidiano; por outro, na violência da intolerância face à sexualidade individual.
Nesta busca, encontrámos um espaço de solidão, mas também de luta. Nele, deambulam personagens que sofrem e que brincam, procurando o seu lugar, e que encontram, por vezes, o amor.
Poderíamos ter feito mais. Podemos fazê-lo ainda. Estamos vivos.
Entendemos o teatro como um espaço íntimo de criação, no qual o público é bem recebido. Descobrimos o olhar, a relação direta com o outro, com o espetador. As noções de equilíbrio, de harmonia, de ritmo. A importância dos objetivos, o discurso interior. A relação entre “quem sou” e “o que faço aqui”. O trabalho de ator e a composição a partir da improvisação. Assumimos a presença do espetador e ganhámos uma maior consciência da nossa presença.
Temos vontade - queremos realizar algo importante. Partilhar algo de nós. Entregamo-nos! Somos criadores, autores e dramaturgos de nós mesmos. Não representamos apenas. Criamos o nosso papel, realizamos o nosso sonho, inventamos um outro mundo. Somos pessoas, seres livres, responsáveis pelo nosso trabalho, pelas nossas criações, conscientes de que pertencemos a um meio, a uma comunidade, e de que descendemos de uma tradição - não da tradição instituída mas daquela que passa, naturalmente, de geração em geração.

8 de dezembro de 2013

A caixa negra virou um KABARETT

KABARETT

Uma criação colectiva 

com direcção de Hugo Gama




Corpos são sempre corpos.
Perdem-se no espaço, enlaçam-se uns nos outros, imergem na pasta bruta de todos os dias e tentam viver. Sejamos ou não capazes de ver a linha que distingue as formas, onde pousa a luz quando a há, ou as marcas na pele.
Se este espaço nasceu do caos, a ordem é apenas um véu ténue sobre a matéria. O calor condensa-se e os corpos expandem. Repara que a luz reflectida nos espelhos não fica nos olhares... Há gritos que têm de se soltar.
A não ser quando o prazer emerge. Acorrentados ao sonho, entrámos na banheira. É lá que o púdico se masturba, para se limpar da sujidade dos seus pensamentos.
Gajos. Vinho. Pernas de gajas.
Não somos esquisitos.
Mais vinho, se faz favor!



Reservas em
citac.teatro@gmail.com
916530443 ou 927718070

24 de junho de 2013

Reposição de "Aquário" na II Mostra de Teatro Universitário - TAGV

Ao início eram 16 pessoas e uma caixa negra. Só depois veio o verbo e a respiração. Da respiração cresceram vozes, braços, pernas, pés, mãos, cabeça, sentires. Ainda crescem. 

Propusemo-nos a refletir sobre princípios éticos e valorativos da democracia em que vivemos. Vivíamos. Enquanto isto,  desenvolvemos a escuta física ao outro. Inspiramo-nos em semi deuses e anti-heróis e organizamos um guião. Entre a luz e a escuridão, a sombra e o contra luz, o olhar atento de alguns pares, aplicámos o conceito de luz à dramaturgia que ora manipulamos ora nos manipula. O que une as partes deste guião improvável continua a ser o que nos traz aqui, a esta  caixa negra, noite após noite, a ser um dezasseis avo de um todo unificado, nesta primavera de 2013. O indizível.





Teresa era uma menina bonita e obediente.
Das barbatanas nasceram mãos. Da guelra fez-se goela.
Teresa era uma menina bonita e obediente. Era. Já não é.

Criação colectiva com direcção de Catarina LacerdaInterpretação Ana Lagoa, Ana Filipa Pinto, Diana Lopes, Dina Paz, Filipa Sousa, Guilherme Pompeu, Inês Santos, José Pedro Andrade, Luís Guiomar, Luís Zari, Nuno Roque, Ricardo Batista, Rodrigo Crespo, Renan Delmontt, Rodrigo Ribeiro, Valeria FazziDesenho de luz Catarina Lacerda, Guilherme Pompeu, Inês Arromba, Luís Guiomar, Ricardo Batista