26 de fevereiro de 2012

Reposição de "Monstro Meu"


A patacoada está de volta.

De 1 a 3 e de 6 a 8 de Março (de quinta a sábado e de terça a quinta)
no Teatro-Estúdio do CITAC, 1.º piso da AAC
às 22h
Preço único de bilheteira: 3 euros



Monstro Meu
Uma menina não falava com ninguém. Inventou um monstro para lhe fazer companhia. O monstro acedeu mas exigiu que ela não falasse com mais ninguém. Um dia a menina descobriu que conseguia falar e decidiu livrar-se da companhia que inventou para si mesma. Falou, falou, falou e gritou até que percebeu que já ninguém lhe ligava. Sentiu-se sozinha de novo e tentou inventar o amigo outra vez. Tarde demais. Restou-lhe transformar-se num monstro pra falar consigo mesma.
A actriz acordou de um pesadelo: sonhou que tratava o texto por você. E que o público não gostava disso! Inchou o peito, disse o texto bem alto e convenceu-se, por amigos, que o sonho não era verdade: ela tratava o texto por tu, afinal! Então declamou, declamou, declamou e tanto se repetiu que um dia o público morreu de tédio. Então decidiu matar Gil Vicente, mas já não havia ninguém na sala para o ver.
Aparentemente as duas tramas não se tocam, embora tenham um denominador comum: o desencanto auto-infligido e o Monstro que isso faz de nós. Decidimos cruzar os dois mundos e chorar um bocado.
O resultado é um limbo temporal, pontuado por referências abstractas ao falhanço da democracia, ao plágio na criação artística, à dolorosa desconstrução dos mitos, à inocência perdida e ao raio do referendo grego que nunca chegou a acontecer! Andam por lá inspectores traumatizados, crianças adultas cedo demais, divas que tratam o texto por você e todos os outros monstros que fomos criando por já não sabermos comunicar.

Ficha técnica
Texto: Rodrigo Santos (com excertos de poemas de Anabela Ribeiro e Patrícia Antunes)
Encenação: Rodrigo Santos
Interpretação: Anabela Ribeiro, João Silva, Patrícia Antunes e Viviane Andrade
Desenho de luz: Paula Gaitas
Operação de luz: Vanessa Teixeira
Música original e Sonoplastia: Rodrigo Santos
Operação de som: Cátia Manso
Design gráfico: Whatever Trademark
Produção: CITAC 2011

Agradecimentos
Ricardo Alves
Isabel Ramos
João Pereira
Ivan Gerês Pereira
Zé Diogo
Daniel Taborda

Apoios
Câmara Municipal de Coimbra
SASUC
MAFIA Federação Cultural de Coimbra
A Escola da Noite
Teatro da Palmilha Dentada
RUC
TEUC
ATENEU de Coimbra
TAGV

FINANCIADO PELA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

25 de fevereiro de 2012

Esta noite, às 23h, no Teatro-Estúdio: “The projectionist’s Nightmare”

O VIDEO MECANICHS pretende explorar as intersecções entre a performance teatral, as ferramentas audiovisuais e os novos media instaladas hoje na produção contemporânea de teatro e vídeo.

VIDEO MECHANICS teve ínicio em 2009 no CITAC. A primeira edição, contou com uma mostra de vídeo-arte. A segunda apresentou-se num formato alargado, em co-produção com o CITAC, inserida no "Cycle Mecanichs". Nascido da fusão de dois eventos - o (Re)Ciclo, ciclo de teatro do CITAC, e Video Mechanics - CYCLE MECHANICS apresentou uma programação internacional e pluridisciplinar que contou com a apresentação de peças de teatro, mostras de video nacionais e internacionais, três workshops nas áreas de fotografia, performance e VideoJamming.


A 3ª edição desta ciclo tem ínicio com a apresentação do projecto “The projectionist’s Nightmare”,e conta com mostra de obras videográficas, conversas com a presença de convidados e a realização de 3 workshops.

Esta edição do VM3 estende-se ao longo do ano com a produção de eventos pontuais, e culmina na realização do ciclo de vídeo e workshop's em Outubro.


O VM3 apresenta o projecto “The projectionist’s nightmare” realizado no âmbito do MUCO, Encontro de Música Urbana do Cartaxo, com o apoio do CITAC.

Entre o poema de Bryan Patten e a música de Deer, a Put Some... propõe uma viagem performativa ao mundo do “filme noir”. O projecto aborda a dicotomia entre o belo da obra acabada e o pesadelo do processo criativo.

“This is the projectionist’s nightmare:
A bird finds it’s way into the cinema,
finds the beam, flies down it,
smashes into a scene depicting a garden,
a sunset, and two people being nice to each other.
Real blood, real intestines, slither down
the likeness of a tree.
‘This is no good,’ screams the audience,
‘This is not what we came to see.”

Brian Patten


Ficha técnica: Afonso Macedo (dj), André Jerónimo (vj), Irina Sales Grade (vj), Margarida Cabral (atriz), Cátia Manso (maquilhagem).


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