O espectáculo “Limbo” nasce da fusão entre o CITAC e a
DEMO, entre o pai e o filho. De onde vimos e para onde voltámos. É nesta condição que abraçámos
o desafio de, entre o fim de mais um ciclo citaquiano e o início de um outro,
criar um espectáculo em Residência Artística, que nasceu do resultado de uma
investigação e experimentação partilhada.
Um processo criativo que iniciámos a partir da investigação sobre o fim. Para nós, o fim foi corpo, matéria, transcendência, tédio, excitação, resistência, desistência, reemergir, morrer e renascer a cada respiração.
Tudo o que vive morre. Tudo o
que começa acaba. Tudo o que acaba tem um novo começo e de tudo o que morre
brota vida. Nessa procura subimos o rio em direcção ao início, à nascente e
rolámos até ao mar onde tudo desagua, onde tudo termina. Este caminho foi
construído através do contacto com a natureza e com o espaço do CITAC. Dentro
do Teatro-Estúdio, levou-se o corpo até à exaustão, compuseram-se espaços com
objectos, falou-se sobre decomposição, fins de relações, criaram-se cenas e
inverteram-se os papéis. A verdade é que os tempos são outros. Estamos no
limbo. Tudo se funde. Tudo marina na linha ténue que separa a acção da inércia.
Tudo vagueia numa dimensão sufocante contra um inimigo invisível. O CITAC
continuará e a DEMO também, de pés no chão e dentes cerrados para a luta.
DEMO é um colectivo de artistas que privilegia a investigação e a criação com base no cruzamento entre as artes performativas, visuais e performance-art, em contexto de criação e encenação colectiva, onde tendencialmente o público assume um papel criativo e participativo. Para além da criação de espectáculos e performances realiza ainda formações, exposições e publicações. Procura fomentar também uma consciência crítica através da dinamização da arte pela partilha, troca de conhecimentos e a fusão das várias áreas artísticas. Aposta assim no estimular novos públicos, na descentralização e internacionalização da arte portuguesa.
CITAC - Círculo de Iniciação
Teatral da Academia de Coimbra
O CITAC é um organismo autónomo da AAC (Associação Académica de Coimbra), orientado no sentido da criação prática e formação no domínio do teatro. Nascido em 1954, aparece adoptando o desafio do experimentalismo. Podemos destacar o seu carácter de resistência ao fascismo anterior à revolução de Abril, razão pela qual foi perseguido e, posteriormente, fechado pela PIDE (1970). Desde então tem traçado um caminho, que o aproxima a uma realidade contemporânea, resistindo a moldes pré-concebidos, através de uma selecção eclética de textos, e da sua adaptação para o palco pela interacção de elementos técnicos e humanos, possível pelo entendimento mútuo de encenadores, actores, sonoplastas, luminotécnicos e cenógrafos que contribuem como um todo para a concepção do espectáculo.
O CITAC é um organismo autónomo da AAC (Associação Académica de Coimbra), orientado no sentido da criação prática e formação no domínio do teatro. Nascido em 1954, aparece adoptando o desafio do experimentalismo. Podemos destacar o seu carácter de resistência ao fascismo anterior à revolução de Abril, razão pela qual foi perseguido e, posteriormente, fechado pela PIDE (1970). Desde então tem traçado um caminho, que o aproxima a uma realidade contemporânea, resistindo a moldes pré-concebidos, através de uma selecção eclética de textos, e da sua adaptação para o palco pela interacção de elementos técnicos e humanos, possível pelo entendimento mútuo de encenadores, actores, sonoplastas, luminotécnicos e cenógrafos que contribuem como um todo para a concepção do espectáculo.
DEMO
– Dispositivo Experimental Multidisciplinar e Orgânico
DEMO é um colectivo de artistas que privilegia a investigação e a criação com base no cruzamento entre as artes performativas, visuais e performance-art, em contexto de criação e encenação colectiva, onde tendencialmente o público assume um papel criativo e participativo. Para além da criação de espectáculos e performances realiza ainda formações, exposições e publicações. Procura fomentar também uma consciência crítica através da dinamização da arte pela partilha, troca de conhecimentos e a fusão das várias áreas artísticas. Aposta assim no estimular novos públicos, na descentralização e internacionalização da arte portuguesa.